NEP: A
EDUCAÇÃO COMO UM DIREITO SOCIAL.
O Núcleo de Educação Popular Raimundo
Reis (NEP), é uma entidade de caráter popular, sem fins lucrativos, fundada em
23 de outubro de 1989, que funciona no Bairro do Benguí. Teve sua origem em
1985 quando um grupo de educadores populares, preocupados com altos índices de
analfabetismo, deu inicio ao processo de alfabetização de jovens e adultos no
bairro, através dos Círculos de cultura, com propósito de enfrentar situações
de abandono e exclusão social no bairro do Benguí e adjacências, em especial,
entre jovens e adultos em situação de analfabetismo e vulnerabilidade social.
Desta forma, o NEP vem atuando na
área da educação, tendo como eixo norteador de suas ações políticas
pedagógicas, pautada em experiências de educação popular, numa perspectiva
freiriana que há mais de 20 anos se constitui em uma ferramenta de organização
e participação popular em contexto de comunidade em defesa e promoção dos
direitos de crianças e adolescentes, jovens e adultos do bairro do Benguí e
adjacências, em especial, dos que vivem socialmente excluídos de acesso aos
bens e serviços socioculturais como direitos básicos de cidadania plena.
Como base desses princípios socioculturais, a
educação de jovens e adultos tem sido o marco legal das linhas de ações, que
ocorre através do fomento de práticas de leitura, alfabetização e acesso a outras
formas de culturas que fundamentam a área da educação como um direito social
constituído, conforme preconiza a Constituição Federal/88 e a Lei de Diretrizes
e Base da Educação Nacional – LDBEN/96.
Nesse sentido, contribuir com o
processo de organização cidadã dos moradores do bairro do Benguí, a partir da
formação inicial e continuada de educadores populares, professores, lideranças
sociais que atuam na área da educação em escolas, pastorais, grupos culturais e
comunidades locais e adjacentes, bem como desenvolver ações de apoio e estimulo
a elevação da escolaridade, utilizando a informática educativa, enquanto
instrumento de inclusão digital, incentivando a leitura, pesquisas e produções
textuais e alfabetização tecnológica como espaço de diálogo e formação
socioeducativa e de comunicação social. E, portanto, potencializar o espaço
pedagógico da sala do Centro de Inclusão Digital e Sala de Leitura existente no
NEP, enquanto instrumento socioeducativo e cultural a fim de resgatar e
valorizar a identidade sociocultural da Amazônia paraense, em interfaces com as
memórias e saberes da comunidade local.
Partindo
desses princípios, a coordenação do NEP tem buscado empreender esforços na
construção da construção de espaços de diálogo, acesso a cultura e cidadania
como forma de articulação de parceria com instituições acadêmicas, a exemplo do
Instituto de Ciências da Educação – ICED e Grupo de Estudos e Pesquisas em
Educação do Campo na Amazônia – GEPERUAZ/UFPA e entidades da sociedade civil
organizada do bairro e de outros segmentos afins, no intuito de fortalecer as
experiências de educação popular como instrumento de formação de crianças,
adolescentes, jovens e adultos do bairro do Benguí, privilegiando os que moram
em espaços exíguos e não tem onde estudar ou que vivem em situação de risco e
vulnerabilidade social.
De fato construir possibilidades
de acesso à educação que promova o desenvolvimento humanizado das relações socioeducativos
e culturais, na perspectiva de uma educação cidadã, capaz de promover a
formação integral de sujeitos críticos e conscientes do seu papel na sociedade.
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